Carta Resposta à Donald Trump - do Presidente da Colômbia Gustavo Petrom.

 


Trump, 

não gosto muito de viajar para os EUA, é meio chato, mas confesso que tem coisas que valem a pena, gosto de ir aos bairros negros de Washington, lá vi toda uma briga na capital dos EUA entre negros e latinos com barricadas, o que me pareceu estúpido, porque deveriam se unir.

 

Confesso que gosto de Walt Withman e Paul Simon e Noam Chomsky e Miller Confesso que Sacco e Vanzetti, que têm o meu sangue, na história dos Estados Unidos, são memoráveis ​​e os sigo. Eles foram assassinados por líderes operários com a cadeira elétrica, pelos fascistas que estão dentro dos EUA e também dentro do meu país Não gosto do seu petróleo, Trump, vai destruir a espécie humana por causa da ganância.

 

Talvez um dia, tomando um whisky, que aceito, apesar da minha gastrite, possamos conversar francamente sobre isso, mas é difícil porque vocês me consideram uma raça inferior e eu não sou, nem nenhum colombiano é. Então, se você conhece alguém que é teimoso, sou eu, ponto final.

 

Com a sua força económica e arrogância, pode tentar levar a cabo um golpe de Estado como fizeram com Allende. Mas eu morro na minha lei, resisti à tortura e resisto a você. Não quero traficantes de escravos perto da Colômbia, já tínhamos muitos e nos libertamos. O que quero ao lado da Colômbia são os amantes da liberdade. Se você não puder me acompanhar, irei para outro lugar.

 

A Colômbia é o coração do mundo e vocês não entenderam, esta é a terra das borboletas amarelas, da beleza dos Remedios, mas também dos coronéis Aurelianos Buendía, dos quais sou um deles, talvez o último Você vai me matar, mas eu sobreviverei na minha cidade que é anterior à sua, nas Américas.

 

Somos pessoas dos ventos, das montanhas, do Mar do Caribe e da liberdade Você não gosta da nossa liberdade, ok. Eu não aperto a mão de traficantes de escravos brancos. Aperto a mão dos herdeiros libertários brancos de Lincoln e dos meninos camponeses negros e brancos dos Estados Unidos, em cujos túmulos chorei e rezei num campo de batalha, ao qual cheguei, depois de caminhar pelas montanhas da Toscana italiana e depois de salvar eu mesmo de cobiça.

 Eles são os Estados Unidos e diante deles eu me ajoelho, diante de mais ninguém. Faça-me presidente e as Américas e a humanidade responderão. A Colômbia agora deixa de olhar para o norte, olha para o mundo, o nosso sangue vem do sangue do Califado de Córdoba, da civilização daquela época, dos romanos latinos do Mediterrâneo, da civilização daquela época, que fundou a república, democracia em Atenas; Nosso sangue tem os negros resistentes transformados em escravos por você.

 Na Colômbia é o primeiro território livre da América, antes de Washington, em toda a América, lá me refugio nas suas canções africanas. A minha terra é da ourivesaria existente na época dos faraós egípcios, e dos primeiros artistas do mundo em Chiribiquete. Você nunca nos dominará.

 O guerreiro que cavalgou nossas terras, gritando liberdade e cujo nome é Bolívar, se opõe Nosso povo é um tanto medroso, um tanto tímido, é ingênuo e gentil, amoroso, mas saberá conquistar o Canal do Panamá, que você nos tirou com violência.

 Duzentos heróis de toda a América Latina jazem em Bocas del Toro, atual Panamá, antiga Colômbia, que você assassinou.

 Eu levanto uma bandeira e como disse Gaitán, mesmo que fique sozinho, ela continuará a ser hasteada com a dignidade latino-americana que é a dignidade da América, que o seu bisavô não conhecia, e o meu sim,

 Senhor Presidente , um imigrante nos Estados Unidos, Seu bloqueio não me assusta; porque a Colômbia, além de ser o país da beleza, é o coração do mundo. Eu sei que você ama a beleza como eu, não a desrespeite e ela lhe dará sua doçura.

 A COLÔMBIA ESTÁ ABERTA AO MUNDO TODO A PARTIR DE HOJE, DE BRAÇOS ABERTOS, SOMOS CONSTRUTORES DE LIBERDADE, VIDA E HUMANIDADE.

 Eles me informaram que vocês colocaram uma tarifa de 50% sobre o fruto do nosso trabalho humano para entrar nos EUA, eu faço o mesmo. Que nosso povo plante o milho que foi descoberto na Colômbia e alimente o mundo



 

 


O TEOREMA PÓS-MEDIEVAL DE PASTERNAK

 



Texto copiado do Facebook de Fred Burgos



Depois um período sombrio de negacionismo, é natural que vejamos surgir quem se arvore a porta-voz de uma visão absolutista da ciência, interessado em classificar como pseudociência tudo aquilo que não corresponde à sua realidade axiomática. Essa é o movimento do livro “Que Bobagem! pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério”, da bióloga Natália Pasternak e do jornalista Carlos Orsi, seu marido. Os dois incluem no mesmo balaio psicanálise, homeopatia, acupuntura paranormalidade, discos voadores, antroposofia e poder quântico.

Depois de todo o miserê religioso da Idade Média, surgiu a concepção cartesiana de ciência, separando matéria e mente. Há um esforço de distanciamento compreensível no século XVII. Não há o menor sentido desse empreendimento hoje, quatrocentos anos depois. Nenhuma pessoa de bom senso é capaz de negar o que a psicologia e a psicanálise em específico têm entregado à humanidade. Assim como ninguém aspira classificar como filhas exatas da mesma perspectiva epistemológica a física tradicional e a física quântica. Quem não tem bom senso, não terá com o livro de Pasternak. Só um novo fórceps!

Ela e seu marido se levam a sério demais, acreditam demais em si mesmos: “Buscamos oferecer uma vacina para o pensamento mágico, um manual para reconhecer mercadores de ilusões e identificar soluções mágicas. Esperamos assim poupar a saúde, o bem-estar e o bolso do leitor”, dizem, lá eles. Menos, queridos!

Os dois partem de um pressuposto básico infantil: a deificação da ciência. Diz o casal: “A ciência é limitada pela nossa capacidade de ver, interrogar e interpretar a natureza”. Mais bobagem! Os dois continuam separando matéria e mente. A ciência não tem vida própria. Ela existe em razão de nossa capacidade, sempre limitada, de se apropriar da realidade. Não existiria se não existíssemos com nossas deficiências. Pensar o contrário, isso sim, é mistificação. A ciência e a religião passam a ter algo em comum a partir desse tipo de pensamento dual.

Para eles, deve ser uma bobagem diagnosticar que um sintoma físico tenha possivelmente como correspondente uma dor psíquica, após um cem número de pesquisas confirmarem isso. Possivelmente devem entender como magia qualquer tentativa de explicação para reações distintas de dois irmãos gêmeos que vivenciarem o mesmo evento traumático. Há algum cálculo cartesiano que dê conta desse desafio?

Todo mundo mais ou menos informado sabe que a ciência de Pastrernak e Orsi tem limites internos – regras, axiomas, leis, teoremas etc. – e outros impostos pelos instrumentos e técnicas de mensuração. Isso sem esquecer os limites mais importantes de natureza ética, política e econômico-financeira. Para que tanta mise-en-scène cartesiana em pleno século XXI?

Bobagem pura!

* O cara da imagem é René Descartes, filósofo e matemático francês (1596-1650). Não é Pasternak. 
Texto copiado do Facebook de Fred Burgos

Por que a BBC News Brasil quer manter viva a ideia de Bolsonaro continuar atuante na política brasileira.


 
Acordo as quatro da manhã e ainda sonolento e com frio vou navegar no Twitter. Logo, dou de cara com uma matéria do senhor Luis Barrucho, da BBC News Brasil, em Londres. Este jornalista tenta fazer as vezes de advogado de defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

Na matéria do articulista, Luiz Barrucho tenta manter acesa a ideia que o cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, (TSE), por 5 votos a 2, Jair Messias Bolsonaro, deva manter suas esperanças de continuar atuando na vida política brasileira.

         Com uma matéria até bem escrita, Luiz Barrucho usa, de maneira não muito ética, diria até vil, comparações entre a realidade vivida por Bolsonaro a outras realidades históricas completamente diferentes, mas tendo apenas um ponto comum, a cassação. Alguns dos políticos cassados anteriormente como Luiz Inácio Lula da Silva, Eduardo Cunha e Fernando Collor de Mello, entre outros, também foram cassados e por brechas na nossa justiça  retornaram a vida pública, alguns com sucesso, como é o caso de Lula*.

         Por uma questão de ceticismo, sempre pergunto a mim mesmo “qual a intenção do jornalista e qual a intenção do veículo ao propor tal pensamento”, o que há “por trás” da matéria. Pergunto, porque sei que sempre há uma intenção. É a velha história do Jaboti em cima da árvore. Então tento entender a quem esta ideia beneficiaria.

         Sabemos que as comparações entre Jair Bolsonaro, que tentou armar um golpe junto a militares e a fanáticos manipulados, para continuar no poder, mantendo “nas cordas” a Justiça Eleitoral com uma série de mentiras enumeradas pelo Ministro Alexandre de Moraes etc.

Ou seja: Jair Bolsonaro não foi cassado, como fora Collor de Mello, Eduardo Cunha e até Lula*, por corrupção. Apesar de ser Jair Bolsonaro o maior corrupto da história do Brasil.

Jair Messias Bolsonaro também não foi cassado por ser um Genocida, — como a palavra ‘Genocida’ é usada etimologicamente, como é o caso das mortes dos Ianomâmis. —

Também Jair Messias Bolsonaro não foi julgado e cassado por ser um assassino de massa ao tentar impor a “Imunidade de Rebanho por Contágio”, que visava, como muitos acreditam, matar quem tivesse comorbidade ou fosse idoso com a Covid 19. Ou seja: Bolsonaro tentou matar, mais precisamente, aposentados e pensionistas do INSS, com clara campanha contra o lockdown, não uso de máscaras e o caso das vacinas, mas isso são outras histórias.

Jair Messias Bolsonaro foi cassado neste processo por tentar, derrubando a democracia, manter-se e ao partido militar no poder indefinidamente.

Não gosto de crônica longa já que acredito que os leitores não são muito chegados a leitura. Então vou tentar resumir a atuação de Bolsonaro/Guedes que a mídia corrompida defende. 

Voltando a matéria da BBC News Brasil e meu ceticismo. Creio que a matéria, como já disse, manipuladora, para leitores menos atento, defende claramente o legado de Jair Messias Bolsonaro.


1.     Entregou o pré-sal para especuladores internacionais, inclusive elevando o preço dos combustíveis absurdamente, causando uma inflação de dois dígitos e tendo como resultado a volta da fome a de miséria do povo brasileiro.

2.     Com ajuda do Congresso, comprado, inclusive, com dinheiro da educação, da saúde e de outros desvios, derrubou direitos trabalhistas históricos, destruiu o poder de negociação dos sindicatos, praticamente inviabilizou as aposentadorias dos trabalhadores.

3.     A devastação e exploração de madeira na amazônia inclusive para contrabando internacional, a liberação de garimpo ilegal em terras indígenas, a devastação para grilagem visando abrir novas áreas para plantiu agrícola e pastagens. Liberação também de venenos agrícolas proibidos em outros diversos países etc.

4.     A morte indevida de mais de 700 mil brasileiros.

5.     A distribuição de armas de fogo tanto nos centros urbanos como em áreas ruais, ampliando número de mortes no campo e nas cidades.

6.     Ter montado o maior escadalo de corrupção da história brasileira com desvio de verbas para o “Orçamento Secreto” junto ao centrão e Arthur Lira etc.

7.     Criou, via manipulação religiosa, um clima de terror entre os brasileiros separando famílias e amigos etc.

8.     Causou o maior “índice de GINI” ou seja: ampliou no Brasil o grau de concentração de renda em determinado grupo, no caso os Especuladores Financeiros e Bancos.

  

E tudo isso contou e ainda conta com a proteção dessa mídia hegemônica e cartelizada.  

     

 

*O caso de Lula é conhecido ter sido um golpe, uma armação do judiciário brasileiro. O maior esquema de corrupção da Justiça Brasileira liderada pelos EUA tendo como principais articuladores Sergio Moro e Deltan Dallagnol, (Lava Jato), com apoio da Rede Globo liderando a mídia hegemônica e cartelizada.      

    

 

 

 


 A Coelhinha,

Vou pedir licença para descriminar (inocentar) os preconceituosos*. Coisa comum e humana é ter preconceito, quase todos têm algum preconceito, alguns não comem sarapatel ou miolo de boi de jeito nenhum. Conheço pessoas que odeiam fazer supermercado com as esposas ou namoradas. Tem gente que tem preconceito contra gordos, outro com pessoas que não sabem combinar a cor das roupas com as meias e as gravatas. Porém, o preconceito é mais pesado quando envolve sexo.
Eu sou preconceituoso, assumo, e não me sinto diminuído por isso. Existe preconceito sobre quase tudo. Sexualmente, por exemplo, os homens usam preconceito ao definir as mulheres bonitas e atraentes como gostosas. E, quem tem alguma arte na prática da sedução, sabe que não é bem assim.
Como diz uma amiga, “os homens confundem muito as coisas”. É. Eu concordo com ela, sei que “a meia luz toda gata é parda”, no sexo, a competência vale mais que a beleza. Nunca fui um “garanhão”, porém entre um e outro relacionamento, dei meus pulinhos e lembro-me de algumas belíssimas que, literalmente, foram decepcionantes.
Outras foram divertidas e até competentes. Algumas tinham singularidades que atrapalhavam um pouco a concentração na hora “h”, dentre essas, a mulher tipo ambulância. Sabe? Aquelas que auuuullllll, auuuuulllll e assim cantam como uma sirene até o final da brincadeira. É meio chato, mas dá para se levar numa boa.
Lembro-me de outras também com suas manias. A exemplo das desbocadas escandalosas que chegam a assustar o parceiro. No ensejo, elas abrem o verbo ou melhor, os adjetivos e aos gritos começam: vai fdp! Lasca seu...! E por aí iam ou vão num tom de voz que mesmo quem mora no décimo andar, quando passa pela portaria ouve um chiste. Essas são a alegria dos vizinhos fofoqueiros...
Tem as religiosas que preenchem a cama com todos os santos — ai meu Santo Antonio! Vige Maria! Meu DEUS! Agora... Jesus, Maria, José. Vai, meu anjo! Papai do céu, me ajuda... Tive até uma mulher caranguejo que andava para trás, na cama, o tempo todo, forçando-me a segui-la para nos mantermos atrelados. Há, até, as contorcionistas que leram o Kamasutra e acreditaram naquela baboseira de posições circenses. Tem que variar, eu sei, mas não vamos abusar...
De todas as mulheres exóticas que namorei, uma em especial me levou a uma inusitada situação. Na época, assim que entrei na faculdade, dei de cara em uma garota de minha turma que era absolutamente linda. Algo como uma versão melhorada de minha mulher ideal. Ela beirava os vinte anos, meiga e sempre passava a impressão que acabara de sair do banho. Era clara, cabelos negros, olhos verdes, nem alta nem baixa, seios médios e duros, possuía até sardas. Adoro sardas. E usava o mínimo de maquiagem. Unhas sempre bem cortadas, medias, e com esmalte transparente. Completamente diferente das outras colegas que estudavam Artes Plásticas e andavam de chinelo de couro cru, (comprado no mercado modelo), camisetas com mangas cortadas, pintadas com “Tintol”, saias de elástico tipo cigano também tinturadas com desenhos de mandalas e criavam, como um bichinho de estimação, um chumaço de cabelo nas axilas. Logo de cara me interessei pela moça, mas fiquei receoso de me aproximar, eu era calouro e notei que até os veteranos, tidos como “comedores”, mantinham dela uma certa distância. Imaginei mau hálito, namorado forte e ciumento ou fosse ela do tipo que faz muito doce, lésbica, talvez? Ao encontrá-la sozinha no ponto, parei minha Brasília Amarela e ofereci carona. Para meu espanto ela aceitou, morava na Pituba, bairro onde eu também morava, e não vi nada que a desabonasse como escolhida. Ficamos amigos e terminamos por namorar. Os veteranos gracejavam: — E aí, coelhinha, namorando um calouro... Nos intervalos alguns até me incentivavam a levá-la logo ao motel. Isso foi até a chegada do dia D.
Numa greve de professores, resolvi convidá-la e fomos ao motel que ela escolhera. Tudo era só alegria. Beijos, abraços, outras preliminares e os demais no bem bom etc. Quando chegamos nos finalmente, ela preferiu ir por cima, disse:
— “Fica na sua e deixa comigo”.
Obediente, relaxei. E ela começou indo devagar no vai e vem até que acelerou e... num êxtase... POF! Apagou! Mas apagou mesmo. Caiu ao meu lado semimorta. Pensei,
— Matei a moça.
Desesperado, com o coração a180 rpm, apanhei o telefone e chamei o gerente. Eu, nu em pelo, andava de um lado para outro com as mãos na cabeça... Suava feito cuscuz, dava tapinhas no rosto dela, tentava ouvir o coração, tentava ver a pulsação e nada... Uns cinco minutos se passaram... para mim pareceu uma eternidade. O gerente bateu na porta, eu abri, e ele, como se soubesse o que acontecera, retirou um frasquinho do bolso e passou junto ao nariz da linda cadáver que, como Lázaro, aos poucos, ressuscitou. O gerente me deu um tapinha costas e disse,
— Tome um suco de maracujá. Com essa aí, toda vez, é assim. Daqui a pouco ela estará pronta para outra.
Imagine depois daquele susto... nem com guindaste subiria. Passei o resto do semestre sendo gozado pelos colegas até que outro preconceituoso encarasse a coelhinha...
*Favor não confundir preconceito com discriminação.
Ricardo Matos.

Dia internacional da Mulher e a tirada do Chupeta!


O vi pela primeira vez numa foto com a ‘holla’ de um pastor enfiada na boca. A cena na tela do notbook me chocou. Cena forte para um site político, ainda mais para quem não é chegado em pornografia. Como não o conhecia bloqueei de imediato quem postou e apaguei a postagem. De vez em quando, no Twitter, do nada, surge um VT pornográfico quando você segue alguém sem se dar ao trabalho de ver a quem está seguindo. Quando isso acontece, eu, de imediato, bloqueio a postagem e quem postou e segui minha sina de militante por um Brasil melhor. O que eu não sabia, na ocasião, é que o povo mineiro o havia elegido como o deputado federal, e foi o mais votado do Brasil.

Tudo bem, tempos líquidos ou gasosos, pensei ‘baixinho’, apesar de achar que esse tipo de intimidade não deva ser escancarada, ainda mais em se tratando de um deputado, de um representante do povo no Congresso. Sim, gente: parece que não, mas eu não estou escrevendo sobre pornografia ou sexualidade. Estou escrevendo sobre política. Até o palhaço Tiririca tem mais decoro do que o tal "Chupetinha".

Não. Não falo da foto “vazada” nem pelo fato de “Chupetinha” ser homossexual. Isso é escolha dele e eu não tenho nada com isso. Falo pela atuação dele na Câmara de Deputados. Sim. Sempre houve os corruptos e espertalhões que entraram na política só para se locupletar. Mas até estes malfeitores se posicionam com certa máscara de dignidade. Ladrões, sim. Têm muitos. Pergunte a Arthur Lira que, com o dinheiro público, no governo Bolsonaro, comprava os deputados e senadores com nossa grana do “orçamento secreto” para aprovar as mais degradantes propostas contra o povo... Porém, isso é outro assunto...  

Não sei por que cargas d’água, eu costumo, para ter visão mais clara das coisas, comparar situações e personagens e, dentro dessas comparações, poder julgar.  

Imagino o Dr. Ulysses Guimarães, Dr. Teotônio Vilela, Dr. Waldir Pires, Dr. ACM, Dr. Roberto Requião, até mesmo Dr. Renan Calheiros tendo que engolir este Nikolas Ferreira, de peruca, na casa do povo, tentando ridicularizar as mulheres, no dia delas, com discurso transfóbico.   

  Este Nikolas Ferreira se elegeu na leva bolsonarista. Fico imaginando o que leva os evangélicos a votarem num “animador de torcidas” para gerir as leis de um país. O mundo criou uma leva de “influencer” que está avacalhando com a cabeça da garotada. Bolsonaro trouxe para política nacional o que de pior existe no Brasil...

Brasileiros. Por favor. Pensem antes de dar seu voto a qualquer idiota. São eles quem fazem as leis do país.  

 


 

Literatura_Axe


 O Louco é uma seleção de contos em PDF e faz parte do projeto Literatura_Axé - Livros em PDF - Romances, Contos, Crônicas e Teatro.

Preço, a título de colaboração - R$ 15,00

Para adquirir enviar e-mail para jrmtos2000@gmail.com dizendo o livro que quer receber e será enviado.

 Um dos contos de O Louco.  


O Coroa e o Taxista.

 

          Dorival andou até o ponto de táxi. Sentia-se apreensivo por sua momentânea situação financeira. Era fim de mês e restava-lhe na carteira uma única cédula de dez reais. Enquanto se acomodava no banco dianteiro do carro de praça, observou o taxímetro que já cobrava, de saída, um terço do seu numerário.

— Para onde, doutor? — Perguntou-lhe o jovem motorista.

— Leve-me ao Bradesco mais próximo, por favor.

— Tem o da Pituba e o do Iguatemi? As distâncias são relativamente iguais.

— Sendo assim, vamos ao da Pituba. É mais vazio. Minha preocupação é dinheiro. Só disponho de dez reais na carteira e já estourei o limite do cheque especial. Se não depositaram meu salário, estarei em apuros! Destes dez reais, ainda espero que sobre, pelo menos, o do ônibus de volta pra casa caso aconteça o pior.

Explicou, Dorival,  ao taxista, demonstrando sua boa educação. Dorival é um senhor de meia idade, 1,7m, calvo, um tanto atarracado, e portava um tom acinzentado no olhar, mostrando, para um bom observador, seu momentâneo descontentamento financeiro.

— Oito dão. — Pressupôs o valor da corrida o taxista Ponha o cinto, por favor.

Enquanto cumpria a ordem, Dorival tinha fé que o salário estivesse creditado. Lembrou-se que em sua casa, com a despensa quase vazia, a amante e companheira desdobrava-se para preparar uma moqueca de carne com ovos, feita com as sobras do lombo do dia anterior.

— Reconheço o senhor. — Afirmou o jovem motorista.

— Não duvido, ando muito de táxi. Sofro de labirintite, o que entre outros inconvenientes me impede de dirigir.

— O senhor não se chama Dorival?

Dorival acenou afirmativamente com a cabeça e completou:

— Este é meu nome de batismo. Foi uma homenagem que meu pai resolveu prestar ao grande cantor e compositor Dorival Caymmi. Como papai dizia:

— "Caymmi é o único cantor brasileiro que transmite toda a manha do baiano ao cantar...

— Pois é, doutor. Fique o senhor sabendo que se hoje estou livre, devo ao senhor.

— A mim?

— Sim. Ao senhor. Estou notando que o senhor não se lembra de mim.

— Honestamente? Não me lembro. Deve ser a idade, na minha idade a memória vai se esvaindo. Já não sou mais tão bom fisionomista.

— Quando eu contar minha história, tenho certeza, o senhor se lembrará de mim. Meu nome é Antônio Carlos. Também foi uma homenagem que meu pai prestou só que ao Senador ACM, O ― Cabeça Branca‖.

— Seu pai é ―Carlista!?‖

— Não só meu pai. Toda a minha família é eleitora de Antônio Carlos Magalhães. Porém, não era sobre esse assunto que eu queria lhe falar. Quero é lembrar ao doutor de onde é que nós nos conhecemos.

— Tudo bem, Carlos. Sou todo ouvidos.

A frente, um enorme engarrafamento impõe lentidão ao trajeto a ser percorrido. Novamente, Dorival observou o taxímetro que registrava quatro reais e cinqüenta centavos.

— O senhor não mora no condomínio Costa do Atlântico? No STIEP?

— Atualmente não. Morei lá. Mudei-me há alguns meses.

— Isso não vem ao caso. Como estava dizendo, eu tinha ido ao bar que fica dentro do condomínio onde o senhor morava...

— Sei. O bar de Nonato.

— Esse mesmo. O senhor estava sentado do lado de fora. Eu bebia rabo-de-galo junto ao balcão. Naquela época, eu trabalhava como segurança: carro forte, segurança de banco, essas coisas. Eu tinha ido até lá porque estava seguindo minha mulher. Eu suspeitava que ela tivesse ido ao encontro do amante. Então, parei no bar de Nonato para beber umas, tomar coragem pra matar a vadia e ao sacana que estava comendo ela. Foi aí que o senhor notou que eu estava armado, nervoso e bebendo. Então, o senhor puxou assunto e me chamou para tomarmos cerveja. Lembro-me como se fosse hoje. O senhor disse que não valia a pena eu me sujar, ser preso, correr o risco de ser usado como mulher no presídio, só por causa de uma vingança burra... Na hora, o senhor parecia Jesus Cristo falando. Depois, quando eu já estava calmo, o senhor tomou a arma e a entregou ao dono do bar para só me devolver no dia seguinte. O senhor se lembra de mim agora?

Um arrepio subiu pela espinha de Dorival, por um momento ele empalideceu. Instintivamente seus pensamentos se voltaram mais uma vez para o taxímetro, e olhando de relance, disfarçadamente, pôde notar que o marcador registrava cinco reais e cinqüenta centavos.

— Agora me lembrei, Carlos. E fico feliz por ter sido útil. O propósito de se tornar um uxoricida é burrice, é... — Carlos interrompeu o discurso de Dorival.

— Posso lhe fazer uma pergunta muito pessoal, doutor?

— Claro! Pode perguntar.

— O doutor já foi chifrado?

— É uma pergunta pessoal, sem dúvida, e um tanto quanto complexa. Para lhe ser sincero, nunca me preocupei muito com este tipo de assunto. Vejo o adultério por uma ótica muito pessoal... O adultério... Como eu poderia lhe explicar?... O adultério é mais um conceito religioso. Não é algo de maior gravidade. Talvez, a dor que ele causa em quem sofreu a traição, seja uma distorção do ego. Eu como um cínico agnóstico e adepto do hedonismo não dou muita importância...

— Ta falando grego, doutor... Não entendi patavina.

— Grego não. Falo sobre o pensamento de gregos... Vou tentar ser explicito... Para mim é melhor ser um corno feliz do que um punheteiro triste. Entendeu?

— O doutor está de brincadeira, não está? Quer dizer que o doutor além de não acreditar em Deus, ainda por cima, não se importa de ser corno?

— Carlos, como eu já lhe falei, eu sou agnóstico. Quanto ao adultério... Meu pensamento é simples. Por outro lado, é complicado para lhe explicar...

— Tente, doutor. Talvez eu entenda.

— O fato é que o adultério não conseguiria me induzir a sofrimentos maiores. A meu ver, o ciúme é um problema de ego e de conceitos herdados da cultura judaico-cristã. As pessoas sofrem porque foram ensinadas a terem esta reação. Quando isso acontece os homens se imaginam inferiores ao cúmplice escolhido pela parceira para uma aventura sexual. A base desse pecado era garantir que os filhos seriam legítimos. Coisa de sangue. O que eu considero uma bobagem: pai é quem cria, quem dá proteção e amor. O outro fator, já que depois do uso dos anticonceptivos as mulheres só engravidam quando querem, é mais orgulho ferido que eu chamo de ego. Como não afiro meu valor pessoal pela opinião alheia não me atinge. Também não aceito que me atribuam responsabilidade por atos praticados por outra pessoa. Se minha companheira for buscar prazeres sexuais com outros homens é escolha dela, não minha. A ação será dela, não minha. Por força de conseqüência, nenhum argumento poderia me convencer a assumir responsabilidade por qualquer atitude que ela escolha ter. Penso assim. Se ao invés de fazer sexo sua companheira assassinar outra pessoa. Você não se sentiria traído ou menosprezado e ela é quem seria presa ou responsabilizada. Acredito ardentemente que eu sou livre até pra perdoar caso saiba de tais atos. Não me sinto devedor de satisfações a ninguém... Exceto, ao imposto de renda... Fui claro!

— O senhor não me respondeu a pergunta... Interrompeu Carlos, ansioso, por não ter obtido a resposta desejada.

— Certo! Você quer saber se já fui corno? Provavelmente sim. Se não fisicamente, com certeza fui mentalmente. Assim como outras mulheres me atraem, alguns outros homens devem, também, despertar atração nas mulheres. Mas, se já fui de fato chifrado, carnalmente, até então eu não fiquei sabendo. Respondi agora a sua pergunta?

— Respondeu. E é por isso que o doutor acredita ser loucura matar uma adultera. O senhor não sabe a dor, o desespero que dá. É como se alguém lhe tirasse o chão sob os pés... — a voz de Carlos saiu arrastada, tremula, em falsete. Dorival interferiu interrompendo a narrativa do taxista.

— Calma, meu jovem! Mesmo que realmente isso lhe tenha acontecido, é passado. Não vale a pena você ficar remoendo esta dor. Se isso ocorreu, não pode mais ser mudado e é tolice guardar sofrimentos. Perdoe o deslize de sua mulher. Sei que você considera um erro grave, mas todos somos sujeitos a errar. O perdão é uma dádiva para quem perdoa e só nos faz bem.

— Doutor Dorival, se o senhor soubesse o ódio que esta lembrança me provoca. Eu conheci Verônica ainda menina lá no meu interior. Namoramos desde que éramos crianças. Na época, eu tinha doze anos, ela tinha onze. Um ano a menos que eu. Quando fiz dezoito, papai foi pedir a mão dela ao compadre. Casamos na Igreja de papel passado e tudo. Até lua de mel nós tivemos. Foi meu tio quem pagou. Ficamos em Canavieiras por uma semana. Quando voltamos da lua de mel, ela ficou morando na casa de papai, e eu vim para Salvador para trabalhar com meu tio. — Eu dava um duro danado. Todo o dinheiro que ganhava, eu juntava. Centavo por centavo. Eu não bebia, eu não fumava, eu só trabalhava. Eu fazia tudo para economizar. Trabalhei duro, de sol a sol, até que consegui comprar uma casa de alvenaria, lá em Pirajá. Mobiliei a casa toda: armários, cama de casal, geladeira, fogão, televisor a cores, comprei até um DVD pra aquela puta. E fui fiel a ela, doutor! Mesmo quando ela estava morando longe de mim, eu fui fiel...

— Calma! Meu caro. Você está destemperado. Acalme-se — Dorival olhou o taxímetro. Piscava em vermelho: nove reais e cinqüenta centavos.

Carlos, por favor, encoste o carro. O dinheiro que disponho, não vai dar para cobrir o preço da corrida. O restante do trajeto eu faço a pé.

— Não. Nada disso! Fique tranqüilo, doutor! — Como estava lhe contando, depois de tudo pronto, mandei o dinheiro e ela veio para Salvador. Foi o tempo mais feliz de minha vida. Eu ficava rezando pelo final do expediente só para correr pra casa. Vivíamos juntos. Eu só saía com ela e ela só saía comigo. Foi assim até a cachorra da Sueli fazer amizade com minha Verônica. Foi aquela piranha que botou Verônica a perder. Foi depois que Verônica conheceu a tal da Sueli que ela começou a usar saia curta, biquíni enfiado na bunda, e a pintar à cara e a boca...

— Carlos! Isso não significa que ela lhe traiu. Isso faz parte da vaidade feminina. É comum a todas as mulheres.

— Até pode ser, doutor. Mas ela comprou um bocado de calcinhas de renda, e tinha uma delas, com um coração vermelho costurado bem na testa do xibiu. Outra coisa, doutor. Ela passou a raspar os pentelhos... E o pior é que quando ela ficava em casa ou saia comigo, ela só usava os calçolões de algodão, mas quando ia sair sozinha era com as calcinhas de renda que ela saía...

— Será que ela lhe traia mesmo, Carlos? Todo o cuidado é pouco, meu jovem. As aparências às vezes enganam.

— Doutor! Ela mudou... Antes, ela só queria ficar em casa cuidando das nossas coisas. Depois desta tal de Sueli é que ela apareceu com a conversa de trabalhar fora de casa. Foi aquela puta da Sueli que arranjou as malditas faxinas para Verônica fazer. Além do mais, doutor, um amigo me disse que o porteiro do prédio onde ela fazia as faxinas falou pra ele que ela estava de caso com um morador lá do edifício. Lá no condomínio onde o senhor morava.

— Será que esse cara era mesmo seu amigo, Carlos? Ou ele tinha inveja de vocês? Existe muita gente maldosa neste mundo.

— Foi verdade, Dorival! Ela me chifrou mesmo!

— Você perguntou a ela?

— Perguntei. Ela se negou a falar, claro! Ela me contou que só foi ao prédio receber o dinheiro das faxinas. Mas eu sei que ela estava mentindo. Tanto foi que depois que eu saí para trabalhar ela pegou as roupas dela e sumiu. Acho que foi morar com a tal da Sueli... É bem provável que o senhor tenha conhecido ela. O senhor conheceu?

— Dificilmente! Eu não tinha amizades por lá, muito menos com jovens. Foram poucas às vezes em que fui ao Bar de Nonato. Eu freqüento os bares da orla, geralmente os da Pituba ou então vou ao Bambara, no jardim de Alá, que é freqüentado por gente de minha idade.

— Ah! Doutor. Se o senhor tivesse conhecido minha ex-mulher o senhor saberia do que eu estou falando. — O jovem falou com ternura e ódio da ex-mulher — O senhor não iria esquecê-la nunca. Aquela vagabunda era linda. Era não! Ela é MA-RA-VI-LHO-SA! Morena cor de jambo. Os olhos grandes, da cor de caramelo, os cabelos lisos e sedosos com aquele tom de cobre velho. Cor natural. Vai até o rego da bunda. O sorriso é de um branco que magoa as vistas da gente. Um corpo, doutor! Coloca no chinelo qualquer uma daquelas dançarinas da televisão. E como era fogosa na cama... Vige Maria!

— Você tem procurado por ela, Carlos?

— Para quê, Dorival? Para ser visto como corno? Eu sou homem, doutor. E homem que é homem tira sebo do pau e come. — Carlos calou-se por instantes buscando conter as emoções. Seus olhos ficaram avermelhados e deixaram escorrer pequenas lágrimas. Dorival guardou silêncio. Quando Carlos voltou a falar, a voz saiu rouca, arrastada, chorosa.

— Ufa! Naquele dia, doutor, ela só não morreu porque o senhor, em nome de Jesus, me impediu. — Carlos deu uma pausa, respirou fundo e recomeçou a falar — E este favor eu vou lhe dever até que Deus me busque.

— Você se separou legalmente, Carlos?

— Ainda não. Meu tio é que está providenciando a tal da separação. Ele me disse que ela não quer nada de mim. E graças a Deus nós não tivemos filhos para colocarmos no meio.

— É verdade. Em uma separação quem mais sofre são as crianças. Mesmo assim, é melhor se separar do que manter um relacionamento ruim. Você é jovem, tem toda a vida pela frente, e ela, com sorte, pode até encontrar algum outro homem.

— Eu não quero nem pensar nisso, doutor. — falou Carlos com raiva. — Por mim ela fica por aí pulando de pau em pau que nem galinha em puleiro.

Dorival, ao ver que o taxímetro ultrapassou a cifra dos doze reais, exclamou!

— Carlos, este taxímetro está querendo me ferrar! Como você está sabendo, só disponho de míseros dez reais, e se o dinheiro não foi creditado só irei poder lhe pagar oito reais. Ainda bem que estamos chegando. — Em poucos minutos, Carlos estacionava o táxi em frente ao banco. Antes que Dorival exprimisse qualquer pensamento, Carlos foi antecipando:

— Fique calmo! Dorival! Vou esperá-lo aqui o tempo necessário para que o senhor possa resolver o seu problema. Vá tranqüilo. Se o dinheiro estiver depositado, tudo bem. Caso contrário eu levo o senhor de volta e depois acertamos.

O dinheiro fora depositado, porém, estava bloqueado para saque. Dorival retornou ao táxi aborrecido e acabrunhado. Ao chegar, notou que o taxímetro estava desligado. Dorival entrou no carro com ar de derrota e tentou negociar:

— Carlos. Amanhã acertaremos o debito.

— Para onde, Dorival?

— Vou voltar para casa. Fica perto do ponto onde eu lhe apanhei.

— O senhor é Bahia ou Vitória? — Questionou Carlos, mudando o rumo da prosa.

— Bahia...

Carlos e Dorival retornaram conversando sobre o Esporte Clube Bahia, e a sua atual fase na segunda divisão do campeonato brasileiro. Ao chegarem próximo ao edifício onde Dorival morava, ele pediu para parar e propôs uma nova negociação.

— Obrigado, Carlos. Aqui está ótimo. Anote o endereço de meu escritório. Amanhã eu te pago a diferença...

Dorival tentou entregar os dez reais a Carlos. Carlos insistiu na recusa.

— Esqueça, Dorival! Fique com o dinheiro para o senhor tentar amanhã. Até qualquer outro dia.

— Então, muito obrigado, você é um Anjo. Até mais, Carlos.

Ao chegar a seu apartamento. Sua linda morena da cor de jambo, demonstrando ansiedade, perguntou-lhe:

— O dinheiro saiu, amor?

— Foi depositado, mas está bloqueado para saque. Só posso retirá-lo amanhã. Passei o maior sufoco, porém, seu Deus me enviou um Anjo.

— E desde quando você acredita em Deus ou em Anjo, amor?

— Desde hoje! Querida... desde hoje! — A propósito. À noite quero que você use aquela calcinha de renda.

— Qual delas?

— Aquela que tem um coração vermelho...

 

SSA—BA - 1995

 

Carta Resposta à Donald Trump - do Presidente da Colômbia Gustavo Petrom.

  Trump,  não gosto muito de viajar para os EUA, é meio chato, mas confesso que tem coisas que valem a pena, gosto de ir aos bairros negros ...