Quando criança me disseram que,
nesta vida, cada um tinha que carregar sua cruz. Porém, como eu era criança,
deixei a cruz de lado e fui brincar. Já havia me esquecido dela quando na
adolescência, me lembraram da cruz. Adolescente, tinha muita coisa para
descobrir, aprender e para fazer. Pensei que a carregaria depois e novamente
esqueci a cruz no mesmo lugar em que eu a deixara quando criança. Quando fiquei
adulto, novamente, não sei se por meu constante sorriso ou porque minha alegria
os incomodava, repetiram-me sobre ela, a cruz, e até me acusaram de negligente
por não está carregando a minha. Prometi que o faria, mas, como adulto, novamente
não tive tempo, tinha que mostrar a meus filhos e filhas como serem crianças
alegres e adolescentes divertidos como eu havia sido e também, apesar de
contrariar a todos os que carregavam suas cruzes, deixei-a lá no mesmo lugar.
Agora, que meus filhos estão criados, eles vêm me criticar porque eu me nego a
carregá-la. Só posso lamenta…
Literatura de pai pra filho.